UFC promove feira de produtos orgânicos

Frutas, hortaliças e plantas ornamentais estão à venda todas as quartas-feiras na feira orgânica da UFC

A Universidade Federal do Ceará (UFC) promove a feira de produtos orgânicos dentro da “Horta Didática”, espaço utilizado nas aulas práticas do curso de Agronomia. Toda quarta-feira, das 8 às 11 horas, parte da produção resultante da horta universitária estará à venda para a comunidade acadêmica e externa. A feira teve início ontem, sendo organizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Floricultura (Ceflor) do Departamento de Fitotecnia da UFC.

No local, estão expostas hortaliças, frutas e plantas ornamentais. De acordo com Narciso Mota, funcionário da horta há 20 anos, a feira é resultado das atividades práticas de horticultura. “A gente está mobilizando a comunidade em troca de doações para a manutenção dos equipamentos. É um experimento que vai não só desenvolver o cultivo de alimentos como inserir mais pessoas nessa atividade”, aponta.

Segundo Valdemar Martins, pesquisador do curso de Agronomia, o consumo de hortaliças entre a população cearense ainda é tímido. “No Ceará, as pessoas comem muita carne e não têm o hábito de comer folhas e raízes. Elas têm que começar a variar seu cardápio e diminuir o risco de derrame e infarto com uma alimentação mais saudável”, afirma. Ela explica que as hortaliças são alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais.
Conforme Martins, a horta universitária tenta produzir de forma orgânica a maior quantidade possível de alimentos. “São selecionadas sementes com grande potencial de produção e adaptáveis à região, não necessitando do uso de defensivos químicos para se desenvolver bem”, explica o pesquisador.

Além disso, são utilizados defensivos e adubos naturais. No entanto, o pesquisador alerta que nem sempre é possível evitar o uso de defensivos químicos, pois existem culturas mais sensíveis a pragas e doenças. “Se usar com racionalidade não é tão nocivo. Aplicar com as dosagens e as carências exigidas”, explica.Vanderlúcia Rodrigues, engenheira agrônoma, faz pesquisas na horta e ajuda na organização da feira. Ela conta que um dos processos de adubamento das plantas é feito a partir da comida excedente do restaurante universitário. A inspiração é o bokashi, uma técnica milenar chinesa que utiliza farelo de trigo e de soja. “A gente trouxe para nossa realidade e substituiu por arroz e feijão, que são fontes de proteína e de carboidrato”, diz a engenheira agrônoma.

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