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Mostrando postagens de outubro, 2012

“As reservas são confinamentos de índios”, acusa Egon Heck

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 Um dos fundadores do CIMI, Egon Heck trabalha há mais de 40 anos junto a comunidades indígenas | Foto: Valter Campanato/ABr O indigenista e cientista político   Egon Heck   trabalha há mais de 40 anos ao lado de comunidades indígenas em todo o país. Militante do Conselho Indigenista Missionário ( CIMI ),   Egon   é ex-padre e um dos fundadores dessa entidade. Formado em Teologia e em Filosofia, com pós-graduação em Ciência Política, ele sempre acompanhou de perto a situação dos índios Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul.   Atualmente, a luta dessa tribo pelo retorno ao seu território original ganhou repercussão após um manifesto   em que, diante do frequente descaso em relação às suas reivindicações, pediam que fosse decretada sua “extinção coletiva” pelo governo federal e pela Justiça. Na entrevista concedida a   Samir Oliveira   do   Sul21 , 29-10-2012, Egon Heck   faz um resgate histórico da situação dos Guarani-Kaiwoá na região e conta como são as condições de vi

FCVSA ELEGE NOVA COORDENAÇÃO

por Rosa Nascimento e Carolina Barros - Comunicadoras populares da ASA Crato - Ceará 30/10/2012 O Fórum Cearense pela Vida no Semi-Árido (FCVSA), elegeu sua nova coordenação em Encontro Estadual realizado no dia 24 de outubro, no Crato, Ceará. As instituições Cáritas Brasileira Regional Fortaleza, Elo Amigo, Instituto Antônio Conselheiro (IAC), Organização Barreira Amigos Solidários (Obas) e Federação dos/as Trabalhadores/as na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) compõem a equipe que conduzirá mais de perto as dinâmicas do Fórum junto às microrregiões. A coordenação executiva da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) permanecerá com Cristina Nascimento, do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), representando o Estado. Além de eleger a nova coordenação do Fórum Cearense, os/as participantes do Encontro escolheram também a delegação do Ceará que vai participar do Encontro Nacional da ASA - VIII EnconASA, de 19 a 23 de novembro,

Sementes Crioulas

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No princípio as sementes eram diversas e esta diversidade servia de alimentos sadios e ricos em nutrientes para saciar a fome da humanidade. Ainda hoje há uma grande diversidade, mas muitos tipos já se perderam. As sementes são fontes de vida, origem e o sustento da vida. Delas nascem e por elas continua a vida de todos os seres vivos. Na história do povo egípcio, ao passarem fome, pediram a José: “Dá-nos sementes, a fim de que vivamos.” (Gn 47,19) As sementes, para muitos povos e comunidades, são vistas como sagradas. Elas são um presente dos deuses e pertencem aos povos, nações, e a toda humanidade. É um bem comum, patrimônio da humanidade, direito inalienável e símbolo de vida. A relação e convivência com as sementes e com a terra expressam também o modo de vida e de religiosidade que é própria da vida na roça. O camponês e a camponesa, ao cultivar com sementes crioulas, além de alimentar a cultura e a sabedoria popular, faz a re-ligação do sagrado e do simbólico, reav

CPT REALIZA ENCONTRO NACIONAL DE FORMAÇÃO

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“De onde vem e para onde vai o campesinato” Esse foi o tema que motivou o debate do encontro nacional de Formação da CPT. O Encontro reuniu Cerca   70 agentes da CPT de todos os estados do Brasil de 17 a 20 de Outubro de 2012 no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO) No primeiro momento do Encontro, os representantes dos regionais da CPT apresentaram um pouco da realidade das categorias sociais com as quais  trabalham e acompanham na base. Suas dificuldades, suas principais lutas e, também, suas conquistas e boas experiências comunitárias. Com ajuda dos professores Jadir Pessoa, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e Leonilde de Medeiros, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), os agentes da CPT refletiram, debateram e aprofundaram   sobre o processo de formação do campesinato no Brasil, suas particularidades e como esse processo se expandiu por todo o país. Na sexta-feira, dia 19, o encontro teve a assessoria do engenheiro agrônomo e assessor da

A IGREJA DE JESUS CRISTO É A IGREJA DOS POBRES

Francisco de Aquino Júnior [1] No dia 11 de setembro de 1962, um mês antes da abertura do Concílio Vaticano II, o papa João XXIII enviou uma mensagem ao mundo. Nela, o papa fala de Jesus como “luz” e da missão da Igreja de “irradiar” essa luz no mundo; fala da preocupação e responsabilidade da Igreja com esses problemas; e fala da contribuição que o Concílio poderia oferecer para a solução dos mesmos - contribuição fundada “na dignidade do ser humano e em sua vocação cristã”. E, aqui, passa a indicar alguns pontos importantes: a igualdade de todos os povos no exercício dos seus direitos e deveres, a defesa da família e a responsabilidade social. Neste contexto, João XXIII acrescenta o que considera “outro ponto luminoso”: “Pensando nos países subdesenvolvidos, a Igreja se apresenta e quer realmente ser a Igreja de todos, em particular, a Igreja dos pobres”. Comentando esta afirmação, o teólogo peruano Gustavo Gutiérrez, destaca três idéias importantes. Em primeiro lugar, a igr