Encontro de enfrentamento à mineração em Ipaporanga

O coordenador regional da CPT, Thiago Valentim, assessorou o evento.

         Agentes de pastoral, militantes sociais e lideranças comunitárias do município de Ipaporanga reuniram-se no dia 19 de setembro de 2014, na Sede da Cáritas Diocesana de Crateús, para tratar dos impactos negativos da mineração no meio ambiente, saúde e  modo de vida das pessoas. O encontro foi motivado em função de recorrentes conflitos devido a instalação de empresas mineradoras no Distrito de Lagoa do Barro, em Ipaporanga, na Serra da Ibiapaba. O coordenador regional da CPT e membro da Articulação Antinuclear do Ceará, Thiago Valentim, assessorou o encontro.
   A denúncia feita à Procuradoria Federal no Município de Crateús, pela Comissão contra a Extração Mineral no Município de Ipaporanga destaca: “empresas que se identificam como: ADLION, CIBRA MINERADORA, GLOBEST E INSTITUTO MILÊNIO manifestam-se para extração mineral, sendo que uma delas já iniciou  o trabalho de pesquisa para existência mineral de ferro e de quilates, porém, as máquinas utilizadas estão causando uma verdadeira degradação ao meio ambiente, abrindo grandes crateras na Serra, que certamente se tornarão um grandes erosões e deslizamentos durante a quadra invernosa vindoura”.
     O objetivo do encontro foi estudar a conjuntura brasileira relativa ao avanço da mineração do Brasil, seus impactos, as estratégias das empresas e a participação dos governos e do Estado nestes processos.
  Thiago Valentim partilhou a experiência da Articulação Antinuclear do Ceará no enfrentamento à mineração de Itataia, de urânio e fosfato, entre os municípios de Santa Quitéria, Itatira e Madalena. O desafio lançado aos participantes foi de construir processos que considerem as atividades minerarias em toda a região dos Inhamuns, e não somente em Ipaporanga, já que existem extração de minérios nos municípios de Independência e Quiterianópolis.
Participaram do evento cerca de 30 pessoas, entre lideranças comunitárias de Ipaporanga, representantes das duas comissões municipais locais de enfrentamento ao projeto, agentes Cáritas de Cratéus, CPT Diocesana e Regional, Instituto Bem Viver, representantes do IFCE Campus Crateús e UFC Campus Crateús. , MST, RESAB, agentes comunitários de saúde e professores, representantes das igrejas evangélicas Assembléia de Deus e Batista e o Dr. José Arteiro, Procurador Estadual de Justiça em Crateús e membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.
Além do debate, os participantes fizeram um planejamento de ação, propondo atividades em relação ao Estado, à sociedade, ao trabalho de base, à academia, à informação e comunicação, à produção de material e identificando parceiros na luta.

Mais informações com o coordenador regional da CPT, Thiago Valentim – (88)             96279567.

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