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Cisternas de plástico derretem ao sol

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Roberto Malvezzi (Gogó) As imagens, divulgadas pela ASACOM (Assessoria de Comunicação da ASA), são impressionantes. As cisternas de plástico, que o governo garantiu duração de 15 anos, não resistiram três meses sob o sol e as chuvas do sertão, particularmente em Cedro, Ceará. O dinheiro público (Cinco mil reais cada), os resíduos, a decepção das famílias, tudo faz parte do lixo despejado pelo governo federal no semiárido. Quem será responsabilizado? Antes se diziam que no Brasil não há memória. Mas, hoje, cada celular é uma câmara fotográfica e a rede de internet põe no mundo o que se quer. Portanto, a vigilância será permanente.            É verdade que o governo recuou e comprometeu-se a refazer o contrato com a ASA para continuar a convivência com o semiárido da sociedade civil. Recuou também de 300 mil cisternas de plástico para 60 mil. Mesmo assim, diante do que salta aos olhos, ainda vai despejar 60 mil peças de lixo plást...

Codevasf propagandeia inverdades sobre as cisternas do P1MC

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Objetivo é convencer a sociedade que as cisternas de plástico possuem mais benefícios Cisterna de plástico que se deformou depois de fortes chuvas no município de Cedro/PE O superintendente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraníba (Codevasf) em Juazeiro, aproveitou a plateia do IV Festival do Umbú, realizado de 24 a 26 de fevereiro, em Uauá, Semiárido baiano, para enaltecer as cisternas de plástico polietileno em detrimento das cisternas de placas do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Além de ser uma atitude que não condiz com a postura de um representante do poder público, as informações por ele utilizadas são equivocadas e comprometedoras, inclusive, para o próprio governo do qual ele faz parte. Vale salientar que em seu discurso, informações como o valor da cisterna de plástico, o destino dos recursos e o desemprego a que estão fadados os pedreiros do Semiárido foram assuntos ignorados pelo representante da Codevasf. Além do fato de que já ex...

UFC promove feira de produtos orgânicos

Frutas, hortaliças e plantas ornamentais estão à venda todas as quartas-feiras na feira orgânica da UFC A Universidade Federal do Ceará (UFC) promove a feira de produtos orgânicos dentro da “Horta Didática”, espaço utilizado nas aulas práticas do curso de Agronomia. Toda quarta-feira, das 8 às 11 horas, parte da produção resultante da horta universitária estará à venda para a comunidade acadêmica e externa. A feira teve início ontem, sendo organizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Floricultura (Ceflor) do Departamento de Fitotecnia da UFC. No local, estão expostas hortaliças, frutas e plantas ornamentais. De acordo com Narciso Mota, funcionário da horta há 20 anos, a feira é resultado das atividades práticas de horticultura. “A gente está mobilizando a comunidade em troca de doações para a manutenção dos equipamentos. É um experimento que vai não só desenvolver o cultivo de alimentos como inserir mais pessoas nessa atividade”, aponta. Segundo Valdemar Martins, pesquisador do...

CPT CEARÁ REALIZA SEMINÁRIO INTERNO SOBRE TECNOLOGIAS SOCIAIS APROPRIADAS AO SEMIÁRIDO E REAFIRMA SEU COMPROMISSO COM AS AÇÕES DE CONVIVÊNCIA

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                                                                   Foto: Thiago Valentim/CPT CE No dia 23 de fevereiro de 2012, em Fortaleza, 18 agentes da CPT Ceará realizaram um seminário interno com o objetivo de direcionar um olhar crítico para as estratégias de convivência com o semiárido, a fim de fortalecer sua atuação junto aos camponeses e camponesas. O seminário possibilitou um debate sobre as ações de convivência realizadas pela CPT Ceará, diretamente ou em parceria, trazendo presente os desafios enfrentados no processo de implementação das mesmas, a situação das famílias e comunidades beneficiárias dos projetos e as perspectivas para o ...

Morre o bispo da Reforma Agrária

Jelson Oliveira* Dom Ladislau Biernaski era desses homens apaixonados pela terra. Mãos calejadas e unhas turvas, seu grande orgulho era mostrar a horta que mantinha no quintal de sua residência simples na cidade na qual viveu por muitos anos e da qual foi bispo nos últimos cinco, São José dos Pinhais. Essa paixão pela terra, herdada da família de imigrantes poloneses, fez com que ele transformasse a terra também numa causa evangélica e política. Por ela frequentou acampamentos e assentamentos em nome da Igreja. Muitas vezes deixou mitras e cátedras e foi à praça do povo para celebrar esse compromisso profético com a justiça. À frente da Comissão Pastoral da Terra em nível estadual e nacional, e das demais pastorais sociais que acompanhou, Dom Ladislau foi um amigo e companheiro. Soube como ninguém entender e explicar a missão pastoral da Igreja dos pobres e por esta clarividência, participou de inúmeras mobilizações da luta dos pobres paranaenses no campo e na cidade. Na missa de sua...

Nota de pesar pelo falecimento de Dom Ladislau

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A Comissão Pastoral da Terra Ceará, vem a público manifestar o seu pesar pelo falecimento do Presidente da CPT Nacional, Dom Ladislau Biernaski, e, ao mesmo tempo, se solidarizar com os familiares, amigos e companheiros de luta e de ideal. A ausência nos faz sentir saudades, mas também a presença de alguém que em vida se fez valer pela coragem, determinação, audácia, ousadia, solidariedade fé e amor. A nós cabe o dever do zelo, da vigilância, do cuidado, por seu legado tão precioso e tão raro no contexto da Igreja atual. A perda de Dom Ladislau deixa em todos nós uma lacuna que dificilmente será preenchida. Entretanto, o seu exemplo e a sua resistência na luta pela promoção e defesa dos direitos humanos e em especial dos camponeses e camponesas, certamente continuarão a inspirar todos aqueles que sonham e trabalham por um país mais justo e menos desigual. “Há aqueles que lutam um dia, e são bons; Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e ...

Carta das Pastorais do Campo

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CARTA DE ESPERANÇA E COMPROMISSO O Centro de Formação Vicente Cañas, do Conselho Indigenista Missionário, CIMI, em Luziânia, Goiás, acolheu nos dia de 4 a 5 de fevereiro de 2012, quarenta representantes das Pastorais Sociais do Campo. Sentimos bater à nossa porta a história atual das populações do campo com suas preocupações e indignações cada vez mais se avolumando no atual momento. O avanço dos projetos econômicos, nacionais e transnacionais, respaldados e, muitas vezes, patrocinados pelo Estado brasileiro, estão ameaçando os espaços de reprodução física e cultural dos povos e comunidades campesinas no Brasil. Nosso encontro foi vivido como uma urgência que finalmente realizamos, para nos conhecer mais, nos reanimar e dobrar o empenho na construção de estratégias conjuntas de enfrentamento aos desafios existentes. Os gritos que nos vêm, das florestas, das terras e territórios dos povos e das comunidades tradicionais, sobretudo por conta dos impactos e das contínuas ameaças que sof...